quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A melhor supresa de 2014 #2



Como imaginam, preparar um regresso a Portugal após 24 anos num país totalmente diferente, não foi pêra doce. Primeiro porque em 24 anos temos tempo de amontoar uma porção de móveis, roupas e tralhas que só nos faz pensar que afinal até somos ricos. Foi preciso fazer uma grande selecção para ver o que valia realmente a pena mandar para Portugal e o resto despachar a quem precisasse na Heidiland. Depois porque a minha gravidez apesar de ter sido vivida em plenitude, não foi uma gravidez fácil. Aos 5 meses de gestação tive de parar de trabalhar e entrar em repouso absoluto, o meu colo abria ao mínimo esforço e o risco de nascimento prematuro aumentava exponencialmente. Também não estava a ser fácil psicologicamente pois Pai L. fazia muita falta no meu dia a dia. Mamãs desta blogosfera, lembram-se como ficávamos sensíveis e mimalhas? Pois. 

Pai L. devido à sua profissão não se podia ausentar de Portugal durante muito tempo, logo, só me visitava quando tínhamos consultas importantes. O resto do tempo posso dizer que quem nos valeu foi o Skype e os Hangouts no Gmail. Situação como imaginam foi deveras frustrante para ambos, uma vez que eu só podia deixar o território Suíço ás 32 semanas de gravidez. Mas tudo se ajeita nesta vida, basta força de vontade e sobretudo uma grande dose de confiança no amor que sentimos pela nossa cara metade. Basta-nos saber que apesar da distância e de todas a dificuldades que isso comporta, está sempre ali aquela mão que mais queremos segurar, o melhor abraço do mundo e aquele "Vai correr tudo bem. Estamos juntos." convicto sussurrado ao ouvido.

E correu, correu tudo bem. Dia 29 de Julho de 2014, após uma organização digna de uma agenda de ministro, a filha M., Eu e a minha barriga de 8 meses de Alice, chegámos ao Porto para ficar. 
Ainda tinha mil coisas para tratar antes do nascimento da bebé, mas o principal já estava. Estávamos em Portugal.




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