terça-feira, 20 de outubro de 2015

Alice a despachada 2/4




Precisava de tantas palavras que não existem para descrever a caçulinha da nossa família. Tanta personalidade neste pedacinho de gente que hoje faz 13 meses. Neste momento a Alice pesa 9'100kg e tem 71cm, faz tantas e tantas que até nos dói os maxilares de tanto sorrir. Pois, a pituca tem personalidade vincada desde sempre, começou na barriga como já vos contei mais embaixo. Faz não com a cabeça desde os 5 meses e meio e com sentido, o sim também faz parte das suas mímicas. Se lhe falamos baixinho ao ouvido fica muito quietinha a ouvir para depois concluir com um abanar de cabeça positivo como se tivesse percebido tudo muito perfeitamente. Um máximo.

Diz "Pê" para a chupeta, "Papá/Paíííí", "Mamã/Mãeííí" (continua só a ser em horas de aflição) "Pápa" (adora esta), chama o "Baiiii" (Vaip, o nosso peludo), "Pããã" para o pão/bolachas. "Pé" para o pé, claro. Sabe onde está o narizinho, a boca, as mãos. Assim que apanha a escova pentea-se desenfreadamente e ri-se de morte com o "vúúú" (secador de cabelo). Adoooora sapatos, mal vê a montra de uma sapataria fica eufórica e de dedinho em riste a gritar desalmadamente"Páááá" para os sapatos (nada gaja portanto). Diz "Váva" para a água. "Têtê" a Teresa que é uma menina da creche que a Alice adora. "Púpú" para o piu-piu. Mas a sua palavra preferida é sem dúvida "OLÁ". Esta criança mal chega á rua começa a acenar qual princesa no seu reino e a dizer a alto e bom som "Olááá" a cada pessoa que se cruza no nosso caminho, provocando inúmeros sorrisos na nossa pacata cidade. É extremamente simpática e sorridente, ao ponto que pessoas que nós não conhecemos já dizem "Olá Alice" em vários lugares públicos, pois recordam-se dela. E nós, ficamos a olhar um para o outro com cara de pescada cozida. 

Pedacinho de gente ainda não anda, agarra-se aos móveis e faz o seu caminho assim, ainda se sente insegura e precisa sempre das nossas mãos para dar os seus passinhos. Mas calmamente vai lá como todos os outros, sem pressas que a vida já é stressante o suficiente. 

É uma melómana nata. Canta quando come algo que lhe agrada. Conhece as músiquinhas todas da Xana Toc-Toc e do Panda. Sempre que está um pouco agitada no carro, basta-nos meter o cd do Pai L. a tocar que já não há menina, 9/10 adormece quando chega á 3ª música. Não pode ouvir a música de uma publicidade que já abana o capacete e o seu rabito. Gosta imenso quando o Pai L. a senta na bateria e a deixa com as baquetas entregues às suas pequenas mãos. Sorri embevecida para o seu papázinho quando o vê sentado ao piano e canta com ele. 

Ama a água e o momento do banho é sempre sinónimo de muita risota. Quando acabo de lhe dar banho, uma das primeiras coisas que faz mal chega ao trocador é estender-me as mãos para lhe pôr um bocadinho de creme corporal. Depois é vê-la espalhar nos seus pequenos bracinhos rechonchudos e gargalhar ao sentir a textura escorregadia nas mãos. Um verdadeiro deleite para quem a observa. 

Flor de Mel é gourmet, não come de tudo, até é um pouco difícil pois basta não gostar da textura na boca que é um festival de "PfffffffPfff" nas nossas caras e roupas. Come bem arroz e pedacinhos de carne (frango, perú,vitela), já não é tão fã de massas e fruta cortada. Adora sopa e, claro, pápas da Nestlé. Ainda não gosta muito de comida sólida. 

Quando vê alguém a preparar-se para ir á rua, fica logo em alerta. Chamo-lhe carinhosamente nesses momentos "Maria Gasolina", só gosta de passeio e rabiosque tremido. 

Não gosta nadinha de se vestir, parece uma enguia no trocador. Perco sempre uns 3kgs quando a tenho de vestir, pois não pára quieta um segundo, vira-se e revira-se. Tenho sempre de a distrair com mil e uma coisas, cantar, mordiscar-lhe os pés, fazer vozes patetas para ver se a criatura sossega, mas confesso é muito, muito difícil. 

É uma bebé de hábitos, é-nos sempre complicado quando fica 2-3 noites fora de casa porque ela estranha muito. Gosta do sossego da sua casinha e do cheirinho do seu quarto. Mas tendo nós a nossa profissão muito complicado gerir esse factor mas temos SEMPRE isso em conta. O conforto da nossa menina sempre em primeiro.  

Ama brincar com a irmã (quando esta está para lá virada, 15 anos minha gente, 15 anos) ri-se desalmadamente com as brincadeiras da Filhota grande. Um dos passatempos preferidos da nossa Alice é andar atrás do nosso cão. Gatinha por todo o lado por onde ele vai. Faz-lhe festinhas mais ou menos carinhosas pois acha imensa graça aos pelos do nosso patudo, e muitas vezes está tentada em fazer-lhe uma épilaçãozinha á la mano. O que é certo é que eles adoram-se e é enternecedor ver o instinto de protecção que o canito tem para com ela.

É esperta que nem um alho e nós somos loucos por ela. Quem diria que uma laranjinha que nasceu com défice de peso (2'590kg), tão frágil, tão pequenina (47cm), hoje com 13 meses seria uma bebé tão determinada, tão sem medo de nada, tão dada. Somos uns sortudos e só podemos estar gratos à vida por estar na nossa vida.






sexta-feira, 16 de outubro de 2015

#Conversas de Mãe




Esta semana participo no #conversasdemãe do blog @vinte_e_agora onde a querida Diana fala do seu dia a dia com o príncipe Tomás. Esta semana o tema do conversas são os produtos de higiene dos nossos pequenos. É algo que imagino, com que todas as mamãs se preocupam até antes do bebé nascer e que depois se vai definhando quando ele cá está. 

Ora bem, os produtos que uso na minha Alice : 

  • Para o banho e cuidados da pele uso a gama Barral BabyProtect creme de banho assim como o Leite hidratante @barralportugaltem um cheiro divinal! Para as zonas que por vezes podem estar mais secas tal como a dobra do pézinho e bracinhos uso lendário óleo johnson's baby. 
  • Para a carinha uso um creme da marca Milette (marca Suíça) pois numa viagem a genebra onde estava um frio de rachar meti pela primeira vez o creme para o rosto da mustela e foi simplesmente um horror, provocou uma alergia medonha na Alicinha, resultado fui comprar aquele creme em urgência lá no supermercado e até hoje é maravilhoso. 
  • Em relação ao rabiosque e mudas, uso fraldas da Dodot activity ou do Pingo Doce, um pouco consoante as promoções que vou apanhando. As Toalhitas são da Johnson ou as Sensitive do Pingo Doce (adooooro), para a proteção do rabinho, uso desde a minha Filhota grande o fantabulastico Mitosyl. Sou mega fã! Nunca tive a Alicinha muito assada mesmo quando saíram os dentitos. 
  • Para o narizinho da minha pituca, marcha Unimer Pediatric assim como o soro fisiológico da Mustela. 
  • Para os dentinhos mais uma vez o gel aliviante da Mitosyl funciona muito bem. Para terminar tudo isto penteio e perfumo a minha Flor de mel com os produtos da@chiccoportugal e voilá!

Obrigada à #conversasdemãe pelo tópico deveras interessante desta semana e convido as mamãs que me leem a participar. 








terça-feira, 13 de outubro de 2015

Que raio de moda é essa?




Meia blogosfera anda a correr. Não posso abrir um blog sem que me apareça logo um par de ténis, um "Running Time" ou "fui fazer a maratona de alguidares de baixo, uiui corri 2468km". Sinceramente estou um bocado farta de me deparar com corredores do meio-dia, eram blogs que eu curtia seguir pois falavam de tudo um pouco. Agora só falam de PTs e dos quilómetros que pretendem correr na próxima corrida. Não há pachorra! Eu não sou grande desportista, é uma realidade, já corro que chegue com o meu trabalho e as minhas filhas mas para quê essa moda do "se-não-corres-és-uma-ganda-hasbeen-vê-lá-se-mexes-esse-rabo-gordo-sua-grandíssima-baleia-preguiçosa". Cada um com a sua cena, não? Enfim. Agora se me dão licença vou ali engolir um belo de um pastel de nata e alapar este rabo bem gorduchinho na maravilhosa cadeira de manicure. Mesmo assim à la mete nojo Style, pimbas!


 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Do verbo ACREDITAR




Quando tudo à nossa volta nos quer dar motivos para desistir ou descrer, o grande milagre é continuarmos a acreditar. A acreditar em nós mesmos, nos outros, na vida, no valor da solidariedade, na urgência em resgatar a esperança e a fé, seja ela de que natureza for. Há sempre algo que nos mostra que é possível renovar a confiança na humanidade e encontrarmos em nós, forças para deitar mãos à obra. Ter fé na vida. Sim, sempre. Mas sobretudo ter fé em nós próprios, é meio caminho andado para tornar os nossos dias mais suportáveis. (Soa um bocado a bambi, não é? Mas ás vezes é preciso esta dose de optimismo para não baixar os braços e batalhar, sempre e cada vez mais.)






domingo, 11 de outubro de 2015

Filhota M. a força tranquila 1/4

A Filhota grande tem 15 anos. É uma miúda calma, sempre foi, apesar de andar agora a levantar cabelo (faz parte não é?), é uma miúda tranquila. Desde pequenina sempre gostou de estar mais no seu canto. Foi uma bebé que andou relativamente cedo (11meses e 2semanas) mas que falou tarde. Era (e é) uma observadora nata. Ás vezes parecia que não estava a prestar atenção a nada e de repente era capaz de repetir bem mais tarde palavra por palavra o que se tinha dito na conversa. A Filhota M. é muito amiga do seu amigo, chegando ás vezes a por-se em alhadas só por causa disso. Tem um sentido de justiça muito agudo. Já me zanguei com ela algumas vezes, mete o nariz onde não é chamada e acaba por criar inimizades. Eu nunca lhe disse, mas gosto desse traço de caracter nela, chamo-a à atenção claro, porque é importante pelos tempos que correm (redes sociais, violência, bulling e etc...) mas preservar-se também o é. A M. é o tipo de miúda que veria bem ser aquela advogada gira e misteriosa que chega à corte e dá cabo daquilo tudo, calando tudo e todos, como nos filmes. Só que não,  desde pequenina que a minha doce índia gosta de desenhar, pintar e criar estórias. Desenha como raramente vi adultos desenharem. Sempre foi motivo de orgulho de quem lhe conhece esse talento. Por onde vamos todos lhe pedem um desenho. Anda sempre na lua a imaginar mil e uma coisas que só passam pela cabeça dos criativos. Se é fácil para nós convivermos com esse lado dela? Poderia ser, pois nesta família todos temos o nosso lado artístico vincado mas... não é. 

Neste momento os estudos deveriam ser a principal preocupação desta nossa filha. Andamos numa roda viva para que não se perca no meio de uma revisão e fuja para um planeta que só ela conhece e detém as chaves. Relembramos-lhe mil vezes que ao fim deste ano tem exames nacionais e que há uma porta grande chamada Soares dos Reis que espera pelo talento dela. Que será o que ambicionou para ela, entrar numa escola de artes, basta um pequeno esforço (sim que esta marota também é muito preguiçosa). Sabemos que é capaz de muito, muito mais e que atrás deste caracter tranquilo, do riacho de água adormecida há remoinhos e águas profundas, e uma determinação á prova de tudo. Ter 15 anos não é fácil. Recordo-me bem dos meus. Sentia-me incompreendida e desajeitada. Não queria que a minha filha se sentisse assim, mas acredito que faz parte do crescimento e que nada posso fazer sem ser deixá-la viver e tentar guiá-la da melhor maneira possível para que o sonho dela se torne um dia realidade. 







quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Bora lá dar música #1

Aqui em casa adoramos desde que a banda existe. 
E esta menina não tem uma voz tem um Sr. vozeirão <3


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Porque nós acreditamos no (muito) felizes para sempre



Desde o aniversário da nossa pequena que não passava por aqui mas a razão acredito que seja a melhor de todas. Como alguns de vós sabem/souberam, o Pai L. e eu mudámos o estado civil para "casados" no passado dia 26 de Setembro. Já lá vão 10 dias e ainda estamos numa nuvem, como se aquele dia tivesse sido um sonho, que de facto foi, mas um sonho realizado. 

Passou tudo rápido de mais. Gostaríamos de ter estado mais tempo com os nossos amigos e familiares, gostaríamos de ter comido mais porque estava tudo absolutamente delicioso (Quinta D. José FTW), gostaríamos de ter bebido mais (bebi água praticamente o dia todo porque estava cheia de calor), gostaríamos de ter dançado mais (mas os nossos pés não deixaram). Em suma gostaríamos que aquele dia tivesse tido 48h para aproveitarmos ainda mais e melhor tudo aquilo que preparámos durante quase 1ano. Foi um dia mesmo muito feliz onde tivemos a maravilhosa presença do Sr. Sol que julgámos até ás 10:00 da manhã que não vinha e onde se sentiu até à última um ambiente de muito amor e comunhão. 

Assinalo também o dia 26 de Setembro como o primeiro dia em que a minha Alice disse á frente de todas as madrinhas e padrinho, fotógrafos e cia, durante uma birra gigante, um "Mamã". Sim, após eu ter dito 2 dias antes a toda a gente que a Alice só dizia "Mãeiiii", aquela piolha à cara muito, mesmo muito podre, berrou-nos um "mamã" perfeitinho e bem audível. Imaginam bem a linda cara de pescada cozida que fiquei e obviamente, passei por fabuladora, mas pronto tive a minha tão desejada palavra mágica naquela vozinha doce e pequenina. Acho que já disse por aqui algures que a Alice é a menina das surpresas, e claro, naquele dia não falhou. Tiro certeiro. 

Se pudesse voltava atrás só para viver aquele dia novamente. Resta-nos agora viver felizes para todo o sempre e daqui a 10 anos já ficou combinado vamos repetir a dose de festarola, obrigatóriamente.