sexta-feira, 25 de março de 2016

Coisas do nosso país que eu não consigo perceber.



Em todas as loja de animais que tenho visto, quer aqui no Porto quer em Lisboa, deparo-me com a seguinte oferta : 

"Compre 25 euros de ração e leve um gatinho grátis"

Sou só eu ou esta oferta é completamente fora? Agora dá-se gatos em troca de ração? Antigamente era ao contrário. Comprava-se o animal (apesar de eu ser totalmente contra, as associações estão a vomitar gatos e cães por todos os orifícios) e ofereciam a ração ou uma outra coisinha qualquer. Agora ofertar gatos? Assim como se  tivesse comprado um perfume na Sephora e me dessem umas amostras como brinde. Acho desumano e triste. Muito triste. Os animais não são brinquedos, nem amostras que se oferecem por simpatia do lojista. 
Vamos longe com este tipo de procedimento, vamos.

Dois dedos de testa. É o que este país precisa.




quinta-feira, 24 de março de 2016

Coisas de gente que não tem nada que fazer durante 5 minutos

Ver a FashionTv e passagens do Moda Lisboa 2015. I loooove it! ...Naaaaah estava só a brincar! Quem "lova" isto tem, creio (espero) eu, uma inteligência muito a cima da minha, pois eu não consigo ver onde está a beleza deste algomerado feiooo que dói de tecidos/arames/cortiça. 
Questão de sensibilidades, n'est-ce-pas? 






Eh pá mas não dá. Sou uma insensível, está visto... a sério, WTF??? :D :D :D 

Frases feitas que me dão vontade de distribuir chapadas # 1


Alice choraminga.

Idiota n.1 lança do alto da sua sabedoria : são muito lindos, são muito tudo mas "quem os fez que os ature".

Ora bem : Quem os fez que os ature. 

Essa frase feita mexe comigo, sobretudo a palavra ATURAR. Desde quando um bebé que chora porque tem uma crise de cólicas, fome ou outro desconforto qualquer necessita de ser aturado pelos pais? Acho, inocentemente talvez, que quando tomamos a decisão de ter um filho sabemos que o choro faz parte. Que uma criança não é propriamente um boneco ou um bibelot que fica quietinho e simplesmente não respira, está ali como mero adorno. Logo não acho que tenhamos de "aturar" como aturaríamos um chato, um bêbedo ou como neste caso, um idiota. 

Um filho não se atura, cuida-se. Dá-se mimo. Carinho. Educa-se e, sobretudo, tem que se ter uma fonte inesgotável de paciência. Chora? Faz birras? Faz parte.

Incomoda alguns imbecis? Pois. Temos pena.




quarta-feira, 23 de março de 2016

A adolescência, essa grande maleita.




Ter 15 anos não é fácil, já todos passámos por isso. É o nosso corpo que muda, a nossa mente que evolui mas que também às vezes não colabora com a nossa vontade. Uns dias acordamos com uma felicidade enorme e outros choramos por tudo e por nada. É um momento de escolhas escolares também, dos amiguinhos, das paixonetas, enfim, ser adolescente não é fácil, nunca foi para ninguém. A nossa Filhota M. é uma boa menina, não temos razão de queixa. Ajuda-nos nas lides domésticas sem resmungar, é uma miúda tranquila na escola. Não nos dá problemas de maior importância, salvo seja quando se trata de estudar. É mandriona e nós já sabemos que temos de apertar com ela, ponto final. Neste momento tem de decidir o rumo para o 10° ano, como já disse algures, Filhota M. adoraria entrar na Escola de Artes, mas infelizmente nem todos conseguem devido à forte demanda. Logo tem de ver outro caminho a seguir. Todos os dias nos pergunta "Acham que poderia ser isto ou aquilo?!", difícil para nós como pais conseguir responder, pois sabemos o quão é complicado o mercado de trabalho. Se por um lado pensamos logo numa área onde tenha mais saída, por motivos óbvios, por outro pensamos na nossa filha, nas aptidões que tem, o que combinaria com ela e a sua forma de estar/ser na vida. 
Ontem perguntou-nos : "Que tal polícia? A Mãe diz que tenho um grande sentido de justiça! ... Estou um bocado perdida, não sei o que quero ser se não tiver a ver com artes." 

Isto reflecte, a meu ver, algo mau. Tão cedo a sociedade pedir-lhes para decidir o que querem ser. Será que não poderiam querer ser em primeiro adolescentes? É tão difícil gerir emoções nesta idade e ainda lhes pedem para "decidir" a profissão que querem. Um rumo de vida. Bolas, às vezes andamos uma vida inteira às escuras, tacteando, à procura de um caminho, de uma luz, quanto mais aos 15 anos! Tentamos da melhor maneira guiá-la neste momento de algumas incertezas, tentando lhe dizer que antes de tudo, que se preocupe em passar de ano e sobretudo em ser feliz. Ser feliz, já é um trabalho em si, já é um rumo de vida mais que suficiente, não é verdade? 



domingo, 20 de março de 2016

Tempo trava aí um bocadinho...



Como é que já passaram 18 meses desde a nascença da nossa pequenina? Dezoito meses de aprendizagem para ela e para nós os 3. Lidar com um ser pequenino e com as suas pequenas grandes conquistas. Com as suas traquinices (e se ela o é). Esta filhinha que tem tanto de doce como de furacão. Já diz imensa coisa. Percebe tudo o que se lhe diz. Todos os dias dá-nos motivos para rir às lágrimas. Chegou-nos num dia maravilhoso de sol de Setembro pela manhãzinha e mudou-nos o coração para sempre. São 18 meses em tons de Alice. Ano e meio de um amor louco. Quando está a fazer uma asneira olha para nós para ver se reagimos e ri-se. Quando vê algum de nós mais triste, é amorosa. Dá festinhas no nosso rosto e fica com ar sério e preocupado. É uma simpática, na rua continua a rir-se para todos e a dizer "xaaaaaaau". Na paragem do autocarro é um fartote a cada vez que passamos por lá. Todos têm direito a um acenar com um sorriso. No supermercado quase ficamos carecas, quer mexer em tudo, aquelas mãozinhas pequeninas cheia de dedinhos, adoram pegar em tudo. Se não ficarmos atentos, chegamos à caixa com comida para pássaros (que não temos) e uma porção de coisas que não nos faz falta. Tem génio forte. Sabe muito bem o que quer e o que não quer. Já tem uma maravilhosa aptidão para a música, para além do seu querido Panda, Xana Toc Toc e companhia, a Alice adora música erudita. Ama "Piano Guys" e tem uma adoração por música Cabo Verdiana "Dino D'Santiago". Fica fascinada com o Pai L. quando toca piano ou guitarra, fica atenta, ouve de coração a música. Sente-a. Um legado do seu Papá que pretendemos, a seu tempo, dar-lhe a descobrir com os seus próprios dedinhos. Já brinca melhor com a sua Maaa, já se aceitam, já há um bocadinho mais de paciência da parte da nossa mais velha (15 anos, minha gente), e a Alice já dá abracinhos e beijos à mana, coisa que ela nunca gostou muito. Com tempo, aprendemos a lidar com esta flor de mel e a descobrir-lhe a personalidade. Somos abençoados. Somos gratos. Não querendo soar a cliché, mas era tão bom carregar no botão pausa, e pedir ao tempo para parar de voar. 






sexta-feira, 18 de março de 2016

Dos sentimentos tolos

Hoje festejam o dia dos papás na creche da Alicinha. Hoje, pela primeira vez, fui posta fora de uma festinha dela. Sinto me como peixe pouco fresco numa banca da praça. Cheiro mal. E estou triste vá. Mas compreendo. Mas estou triste. (Isto de se ser mãe e querer estar em todas, soa um bocado a egoísta e a invejosa).