quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Alô Alô?!




Pois, isto já anda entregue às traças. Consigo sentir o cheiro a mofo e vejo uma família de morcegos a dormir ali a um canto. Está na hora de abrir as janelas e deixar entrar ar fresco e quiçá um pouco de sol, se o tempo assim o permitir (hoje, claramente nestes lados nem por isso). Passou o Natal, e passou muito bem, tranquilos em casa, em família como se quer. Com uma Alice em modo furacão e super simpática como já é habitual nela. Passou o Réveillon, e passou  muito bem. Em apaixonados, eu, o Pai L. e a baby Alice que dormiu praticamente o serão todo. A filhota grande, do alto dos seus 15anos quis ir festejar no bar de uma amiga nossa, e até que correu bem. Entretanto já estamos a 13 de Janeiro. Até dia 11 estava tudo bem. O ano 2016 tinha começado tranquilamente. Os meus projectos profissionais estão definidos, em Fevereiro ataco. Ainda procuro um nome, mas acredito que vai me aparecer algures em sonho, vou perceber que é aquele e mais nenhum. Funciona quase sempre assim. De resto a família está bem. E ainda bem. Tudo estava tranquilo até dia 11 de Janeiro às 7:50 da manhã. Dia esse que ficará marcado na minha memória como um 11 de Setembro emocional. Um dia difícil aqui no lado esquerdo. Um dia que gostava que tivesse acontecido mais tarde, muito mais tarde, tão tarde que poderia nunca ter acontecido, e como eu gostava que assim fosse. Hoje dia 13, ainda estou ressacada. Dormente. Zombie. Penso que é assim que uma pessoa se sente quando perde alguém importante. Um ídolo. Um amigo. Sei lá. Só sei que não ando a caminhar dentro do meu próprio corpo. Como se não existisse chão. Como se fosse tudo um teatrinho e estivesse sentada na plateia à espera do fim da peça, para me levantar, aplaudir orgulhosamente e regressar tudo ao normal. Sim, imagino que é assim que se sente quando se perde um porto de abrigo. 





2 comentários:

Renata Sofia disse...

Como gosto de te ler...
Já estava a sentir falta de facto!
Não o conhecia o bastante para sofrer com a sua partida mas estou do teu lado na tua dor.
Abraço de luz!
Bom regresso ao jardim do teu blogue!

Silent Man disse...

Como te compreendo minha querida amiga... Acho que ninguém esperava!