quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Anorexia fisiológica dos 2 anos parte II (finalmente)





Saímos de casa como dois loucos, desesperados, com o coração do tamanho de uma ervilha. Olho para o meu marido, Pai L. com cara fechada, coisa muito rara. Queria chegar ao Hospital o mais rápido possível. Queria voar! Precisávamos saber o que se passava com a nossa pequenina. De repente mais nada fazia sentido. Segurei na mão da Alice durante o caminho todo "O que tens minha Alice? Não gostas da pápa da mamã, meu amor? Porque não queres comer, meu doce?"
Visto daqui parece uma reação exagerada, afinal é só apenas uma criança que não quer comer. Vai passar. Mas coração de Mãe não é assim. Coração de Mãe preocupa-se, quer respostas. Não comer nada ou quase nada durante tantos dias, não é normal. Não pode ser normal.
Chegando à sala de triagem, sinto-me um bocado tola, porque afinal a Alice não caiu, não tem febre, não tem "doença" visível ou pelo menos palpável o suficiente para ir às urgências. 
Mal entro na sala, a assistente exclama : Aaaah mas que caracóis e bochechas maravilhosas! Não passas fome Alice. Bem... O que dizer após uma entrada destas? 
Entre risos e nervosismo explico-me, meia atrapalhada e envergonhada ao enfermeiro por não ter dados concretos salvo a minha aflição e medos de Mãe. "A minha filha não come em termos há 11 dias. A minha filha recusa tudo, salvo o leite e a água. Ajude-me por favor! Não tenho medição de febre para lhe apresentar, não tenho episódios de vómitos, nem quedas, nem de noites infernais. Tenho apenas esta caracoleta que foge literalmente de um prato de comida." 
Com um sorriso meigo e compreensivo (OBRIGADA, HOSPITAL DE SÃO JOÃO), dirigiram-me ao médico de serviço, "Respire, Mãe. Vamos ver o que se passa com estes caracóis saltitões, a Mãe não sai daqui sem diagnóstico, não se preocupe." 
Diagnóstico! Era tudo o que eu queria! Uma explicação, um nome, algo a que me possa agarrar. Muito rapidamente, pesaram a Alice, tiraram febre e fizeram análises às urinas. Tudo numa perfeita normalidade. A Alice não perdeu peso desde a última consulta na pediatra, engordou umas 500gr. Urinas normais. Zero falta de vitaminas. Zero doenças desde Maio. Uma menina em perfeita saúde. E um alívio, oh Deus, um maravilhoso alívio neste coração de Mãe. Mas afinal o que tem a minha filha?

Chama-se Anorexia fisiológica dos 2 anos. Nome muito feio e assustador para algo até bastante comum. 

Por volta dos 12 meses (até completar os 2 anos) as crianças passam a comer menos. Isto deve-se ao facto do crescimento a partir do ano de idade ser inferior aos primeiros 12 meses de vida. As crianças passam a ter menos necessidades alimentares. Deste modo acabam por comer menos. Não estão a "enjoar" a comida. Simplesmente não têm fome. Trata-se de uma etapa, tal como muitas outras (começar a gatinhar, andar, palrar, falar etc...). É preciso conhecê-la para não causar grande preocupação, ter bastante calma porque vai passar.

Sim, vai passar. Mas como lidar com isto até "passar"? Bem, aqui em casa, metemos o coração ao largo. Deixámo-la comer o que quis do prato. Todos os dias servi-lhe as refeições como antes. Ás vezes picava alguma coisa, outras nem por isso. Hora do lanche igual, tudo como antes. Deixei de alterar o menu para lhe agradar. E sabem que mais? Após quase 3 meses, a Alice voltou a comer a minha sopa. Voltou a comer arroz e massa como se não houvesse amanhã. Pasmem-se mas esta miúda que sempre recusou a carne e o peixe sem serem mascarados na sopa ou assim, ontem até pedacinhos de frango comeu!

Vai passar. Está a passar. Chorei de alegria quando a Alice comeu a sopa toda, nem respirei, a cada colherada, e apesar das lágrimas de felicidade me escorrerem pelo rosto abaixo, tentei fazer de conta que era normalíssimo ela estar a comer, tal era o meu medo que ela parasse. Se tudo isto é assim tão fácil como um simples "Oh! Vai passar!"? Não. Meu Deus, como não é! É um momento de muita aflição, de medo e angústia muito grande. Tirou-me o sono. Quantas vezes ao adormecê-la chorei a olhar para ela, e perguntei-me o que se passava naquele corpinho com os refegos mais doces do mundo. Alguns poderão achar que a minha reação foi exagerada, mas eu sou assim. Não faço tempestades em copos de água, não me impressiono facilmente, não me preocupo por demais. Tanto que demorei quase dois meses até levar a Alice ao médico. Mas confesso-me Mãe galinha. Confesso-me frágil. Muito frágil quando se trata das minhas filhas. Da minha família. 

Se posso dar um conselho a mamãs que possam vir/ estão a passar pelo mesmo : Reajam como o vosso coração mandar. Sim, vai passar. Sim, é uma fase. Mas vocês têm todo o direito do mundo de vos preocupar, de terem medos. As palavras chave nisto tudo são PACIÊNCIA, toneladas dela e muito, mas muito, muito AMOR. Só e apenas.

Um beijinho 

Mãe Su


(Quero pedir desculpa pela demora desta segunda parte do post, várias mamãs estavam à espera, mas como expliquei no facebook deste cantinho solarengo, mudámos de casa neste mês de Agosto, e como imaginam, foi muito muito atarefado. Novas rotinas e etcs... Outro assunto que, em breve, irei falar.)

sábado, 6 de agosto de 2016

Anorexia fisiologica; os primeiros sintomas




Desde que a nossa Alice teve uma otite bilateral no mês de Maio que nunca mais comeu em termos. Nas primeiras duas semanas achámos que era pelo facto de ter estado doente. Ela, grande Miss esquisitinha, nunca foi grande garfo, deixámos estar, a um momento dado ela haveria de sentir fome e comer em condições. Mas as semanas foram passando e sem ser umas garfadas de massa ou arroz, qualquer coisa de fruta e iogurtes, a Alice recusava-se a comer. Sopa que sempre comeu tão bem, nada. Até a sua adorada Cac (cerelac) comia a meio gaz. A nossa preocupação começou a crescer. A única coisa que nos deixava (e deixa ainda) relativamente descansados era o facto que a Alice na creche comia bem a sopa.

Há duas semanas fomos passar uns dias a Lisboa, no meu interior pensei que os ares diferentes lhe iriam fazer bem e quiçá lhe abrir o apetite. Enganei-me e muito. Foi um pesadelo. A nossa caracoleta em 9 dias (NOVE DIAS) comeu apenas um pote de fruta, algum pão e bebeu o seu biberão de leite noturno. Quem é Mãe ou lida com crianças, sabe a que ponto isso nos deixa assustadas. Fiz de tudo, várias refeições diferentes no mesmo dia, tudo coisas que ela supostamente gosta. Esparguete bolonhesa, arroz com frango, todas as sopas possíveis e imagináveis, e nada! A minha filha simplesmente deixou de comer!

Após regressarmos ao Norte, pensei que ao chegar a casa no ambiente dela, fosse comer mais alguma coisa, mas nada. Tentei forçar. Voou sopa por todos os lados. Sopa nos olhos, nos cabelos, no nariz. Arroz espalhado na sala toda. A Alice em lágrimas e eu em lágrimas estava.
"Porquê? Porque não comes, meu bebé? Olha tão bom a papinha! A mana pápa! O papá também! Come, minha pequenina. Come por favor, pela mamã, come, minha flor. Peço-te meu amor, come."

As minhas súplicas não surtiram efeito. Pai L. leva-me ao hospital. Pai L. vamos ver o que tem a nossa menina, não aguento mais ver esta bebé sem comer. O meu coração, não está a aguentar mais. Dois meses nisto. O que se passa com a nossa filha? 



(continua)

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Da euforia ao horror




Portugal campeão da Europa, já me parece tão longe, e foi apenas há 5 dias. A alegria que nos ia no peito de repente foi anulada com imagens de horror em Nice ontem à noite. 
Famílias como a minha, foram assistir aos fogos de artificio da festa nacional, numa noite feliz e descontraída como tantas outras. Não tenho palavras para descrever. A dolorosa impressão que já vimos este filme, que a história está a repetir-se pela centésima vez. Adormeci como após uma noite de copos. Grogue, abananada e enjoada. 
Ao ver a minha Alice esta manhã fiquei com um nó na garganta, poderíamos ter sido nós. Aqueles caracóis de mel a saltitar pelo quarto. Poderíamos ter sido nós. Aquele sorriso e aquela voz pequenina e alegre. Poderíamos ter sido nós. Não consigo perceber. Não consigo entender o que se passa neste mundo. Claro, todos os dias infelizmente acontecem atentados a menor ou maior escala, mas não nos toca tanto na pele. Não estão tão próximos. Eu sei, é horrível dizer isto. Mas a França é a porta ao lado, o vizinho do terceiro andar. Tenho os meus pais que ainda estão na Heidiland. Tão perto. Tão ao lado das Nações Unidas. Tenho medo. Apetece-me pegar na minha família, envolvê-la num manto protector.Pela primeira vez pondero nem sair de Portugal para as férias. Pela primeira vez penso em nunca mais sair daqui. Nunca mais. 
Como explicar isto à minha mais velha? Como explicar que isto é obra de gente doente, que já nem se trata de religião ou de uma outra qualquer crença. É só mesmo matar por matar. Não há mais valores humanos. 
A cobardia é a arma desses crápulas. 
Não digam que não têm medo. Quem tem família tem medo.
Acho que a terceira guerra mundial é isto. 




sexta-feira, 1 de julho de 2016

Emprego, essa definição de identidade #1





Comecei a trabalhar cedo. Com os meus fresquíssimos 16 anos fui para um curso profissional que muito rapidamente transformei numa sólida experiência, cheia de canudos e formações. Se tenho um amor profundo pela comunicação onde me sinto totalmente Eu, a área da saúde está-me nas veias. E foi o meu rumo durante 18 anos como profissional. Gabinetes privados, permanência urgentista, Hospital estadual e por fim clínica privada. Trabalhei, como diz o meu marido por esta vida e as próximas. Horários estranhos, trabalhar quando ainda todos dormem, semanas seguidas sem folgas, sem férias, sem feriados, fora todos os Doutores e Doutorzinhos com o ego do tamanho dos Alpes com quem foi preciso lidar diariamente. Sempre que entrei num novo desafio dei-me de corpo e alma, e nunca me arrependi. O último emprego que tive em Genebra foi o culminar do que eu sempre quis, Assistente de Direcção talvez na clínica privada mais conceituada da Suíça. Proposta com que fui brindada poucos meses antes de engravidar da nossa flor de mel. Fui muito feliz durante aqueles meses mas a decisão de largar tudo, regressar a Portugal deixou-me ainda mais feliz. 

Se foi uma decisão tomada de animo leve? Não claro, não foi, até porque havia toda uma organização em volta da filhota M, escola, adaptação a uma nova cultura, a língua etc. Mas percebi finalmente que não valia a pena lutar contra o que tinha mesmo de ser. E o que tinha mesmo de ser foi. Regressei a casa com 24 anos de malas, lutas, lágrimas, experiências, uma filha de 14 anos e uma barriga de 8 meses de Alice. Se mudou a minha vida? Oh se mudou! Uma daquelas viragens a 180°!  

Hoje me dia encontro-me na posição de dizer que sou "Mãe a tempo inteiro" e vejo os suaves sorrisos em alguns rostos. Sorrisos que me fazem automaticamente passar por dondoca aos olhos de uma certa sociedade. Como tenho a Alice na creche, o pessoal pensa que passo os meus dias em cabeleireiros, que tenho sempre as unhas arranjadíssimas ou ando enfiada no Shopping o dia inteiro a gastar o dinheiro do meu milionário esposo. Seria o máximo se fosse verdade, só que não. Tenho muita pena mesmo, acreditem. Ia amar. Mas os meus dias são bem menos glamorosos que me inventam.  Passo a ferro (a muuuuuuito custo, odeio), lavo, cozinho (adorooo), arrumo brinquedos, dou raspanetes, dou carinho, faço bricolages, ajudo o marido, enfim... Estou muito mais disponível que uma mulher que sai de casa todos os dias às 8:00 e só regressa às 19:00. Mas ao que parece dizer que trabalho numa empresa ou whatever, dá-me automaticamente uma identidade do que dizer que sou Mãe. Tens emprego? És alguém. És padeira? és alguém! És vendedora? És alguém! Tens uma posição na sociedade. Existes. Ser Mãe a tempo inteiro na grande maioria das vezes significa para muitos "não fazer nada". Ser Mãe não é uma profissão nem muito menos uma ocupação. É o que é. É um emprego que vem do coração. Uma entrega de si mesmo a 2000%. Ao início também foi muito difícil psicologicamente para mim, lidar com bocas como " Ai tão bom, tens uma sorte em estares sem fazer nada", um "poooois estás em casa!" como se fosse o paraíso e tivesse uma catrefada de empregadas e ou que tudo se fizesse por magia.

É delicioso estar em casa, é! 
Dou-me ao luxo de levar a Alice à creche às 10:00 todos os dias, mais tarde às vezes até. Dou-me ao luxo de almoçar todos os dias com a minha Marina e o meu marido, e não só nas refeições da noite. Tenho o luxo de me sentar no meu sofá e escarrapachar-me meia hora ou mais se me apetecer. De ter tempo para os meus projectos pessoais, e são tantos! Tenho uma vida doce. Tenho. Se é fácil todos os dias? Não, não é. Ás vezes sinto saudades de ter aquele pico de stress, mas basta a Alice chegar a casa para senti-lo novamente.

Não, é verdade, a vida não me custa a passar.
Hoje não me custam as rotinas que se repetem, com o sol, com a tranquilidade do meu lar, com o tempo de qualidade para as minhas meninas, tempo de qualidade para organizar as coisas na minha casa, tempo para mimar um pouco mais o meu marido. Cansei-me de explicar o que me motivou em deixar o certo pelo incerto. Trocar uma condição financeira muito mais favorável, à minha vontade de não me separar nem mais um dia que fosse do meu marido. É assim... Há quem não consiga entender os que não se movem só por dinheiro e que há coisas que dinheiro nenhum do mundo paga. 

A Heidiland é sem dúvida um dos sítios mais bonitos que eu já vi, mora eternamente no meu coração, aloja uma boa parte do que sou e dos meus afectos. As saudades hoje vivem-se ao contrário. Mas a minha alegria é proporcional à imensa gratidão que sinto por tudo o que a vida me tem dado. E é tanto.

Sou Mãe a tempo inteiro. E tenho orgulho nisso. 

Deal with it, my friends. 


parte 1..........

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Das Saudades sem fim...


Nem sempre dizemos tudo o que temos para dizer àqueles que amamos. Será do tempo ou da vida que nos rouba os dias? Talvez... O que é certo é que quando damos por nós estamos com o coração a rebentar por termos esperado demasiado tempo. Porque nenhum momento foi o certo para deitar tudo cá para fora. Acontece que o destino às vezes prega-nos partidas e quando menos esperamos leva-nos pessoas essênciais ao nosso equilibrio sem sequer nos dar tempo para um beijo ou um abraço apertado. 

Hoje tenho tempo, é teu, só teu, exposto aos olhos de todos, num mundo que já não te pretence mas que tem tanto de ti nas árvores, no vento e no infinito sol. 
Hoje farias 90 anos, era o teu dia preferido do ano assim como o dia de Natal, não por receberes prendinhas mas por ser apenas mais uma ocasião feliz de reunir a família que tanto prezavas. Nem imaginas como sinto a tua falta, nem o quanto me lembro de ti em pequenos momentos do meu dia. Continuas em mim, de carne e alma, voz, sorriso e gargalhadas, mãos e cabelo, a pulsar forte e determinado no meu sangue. Ensinaste-me tanto sem eu saber, aprendi tanto de ti. Quase 11 anos após a tua ida dei de caras com o teu colete, provavelmente uma das tuas surpresas, um tesourinho que dormia por entre os meus caixotes de papelão. Reconheço-o como pequenos sopros da tua luz que me recordam o grande previlégio que tive de te conhecer, de conversar contigo tantas e tantas vezes, inventavamos mundos e discutiamos politica e futebol... Momentos preciosos e que hoje recordo com carinho. Tenho tantas saudades tuas meu Avô. 

sexta-feira, 25 de março de 2016

Coisas do nosso país que eu não consigo perceber.



Em todas as loja de animais que tenho visto, quer aqui no Porto quer em Lisboa, deparo-me com a seguinte oferta : 

"Compre 25 euros de ração e leve um gatinho grátis"

Sou só eu ou esta oferta é completamente fora? Agora dá-se gatos em troca de ração? Antigamente era ao contrário. Comprava-se o animal (apesar de eu ser totalmente contra, as associações estão a vomitar gatos e cães por todos os orifícios) e ofereciam a ração ou uma outra coisinha qualquer. Agora ofertar gatos? Assim como se  tivesse comprado um perfume na Sephora e me dessem umas amostras como brinde. Acho desumano e triste. Muito triste. Os animais não são brinquedos, nem amostras que se oferecem por simpatia do lojista. 
Vamos longe com este tipo de procedimento, vamos.

Dois dedos de testa. É o que este país precisa.




quinta-feira, 24 de março de 2016

Coisas de gente que não tem nada que fazer durante 5 minutos

Ver a FashionTv e passagens do Moda Lisboa 2015. I loooove it! ...Naaaaah estava só a brincar! Quem "lova" isto tem, creio (espero) eu, uma inteligência muito a cima da minha, pois eu não consigo ver onde está a beleza deste algomerado feiooo que dói de tecidos/arames/cortiça. 
Questão de sensibilidades, n'est-ce-pas? 






Eh pá mas não dá. Sou uma insensível, está visto... a sério, WTF??? :D :D :D 

Frases feitas que me dão vontade de distribuir chapadas # 1


Alice choraminga.

Idiota n.1 lança do alto da sua sabedoria : são muito lindos, são muito tudo mas "quem os fez que os ature".

Ora bem : Quem os fez que os ature. 

Essa frase feita mexe comigo, sobretudo a palavra ATURAR. Desde quando um bebé que chora porque tem uma crise de cólicas, fome ou outro desconforto qualquer necessita de ser aturado pelos pais? Acho, inocentemente talvez, que quando tomamos a decisão de ter um filho sabemos que o choro faz parte. Que uma criança não é propriamente um boneco ou um bibelot que fica quietinho e simplesmente não respira, está ali como mero adorno. Logo não acho que tenhamos de "aturar" como aturaríamos um chato, um bêbedo ou como neste caso, um idiota. 

Um filho não se atura, cuida-se. Dá-se mimo. Carinho. Educa-se e, sobretudo, tem que se ter uma fonte inesgotável de paciência. Chora? Faz birras? Faz parte.

Incomoda alguns imbecis? Pois. Temos pena.